Por que estudar música?

Várias experiências científicas confirmam o poder terapêutico da música, comprovando que poucas atividades exigem tanto do cérebro quanto o desempenho musical. Ou seja, tocar um instrumento põe em ação uma verdadeira “orquestra fisiológica” (músculos, olhos, ouvidos, memória, emoção), capaz de acordar nossos hábitos mentais congelados e fazer nossas mentes se movimentarem como habitualmente não são capazes. Assim, os sons – e, consequentemente, o estudo da música – são capazes de evocar reações cerebrais estimulantes.

Quem estuda música no IEM vai se transformar num(a) musicista?

Um dos principais objetivos do Instituto de Eudcação Musical é despertar e desenvolver o amor pela música, contribuindo para uma educação mais completa, onde os aspectos físico, afetivo e mental, bem trabalhados, torna a criança mais harmoniosa, integrada, dinâmica, criativa e, consequentemente, mais feliz. Assim, a criança, jovem ou adulto que entra em contato com a música no IEM poderá, se esse for o seu desejo no futuro, optar por uma carreira musical, já que contará com todas as ferramentas técnicas para esse fim, embora esse não seja o objetivo principal do Instituto. A vida musical dinâmica e prazerosa é a característica principal do nosso trabalho.

Qual a idade ideal para se começar a estudar música?

Pessoas de qualquer idade podem iniciar o processo de contato com o aprendizado musical. Mas quanto mais cedo se começa esse processo, melhores são os resultados conquistados. No IEM, por exemplo, a Profa. Carmen Mettig Rocha oferece até cursos de música para bebês, onde um trabalho específico é feito com crianças bem pequenas, visando uma etapa importante no seu desenvolvimento. Tudo feito a partir das atividades desenvolvidos pela Pedagogia Willems, que respeita as fases de aprendizado de cada faixa etária.

Sou adulto e nunca estudei música. Como devo começar?

É sempre importante que a música faça parte de nossas vidas. Ela nos harmoniza e nos sensibiliza. É um apelo interno, que vem do coração. Deve se iniciar procurando um bom professor, indicado por alguém qualificado, ou procurando uma boa escola que possa oferecer um trabalho pedagógico eficiente. No caso da iniciação musical infantil, os resultados são sentidos para muito além do aprendizado de um instrumento: a criança (ou adolescente) entra em contato com a música e pode desenvolver sociabilidade, sensibilidade, capacidade de concentração e memória, trazendo benefícios ao processo de alfabetização e até ao raciocínio matemático. Isso porque a música estimula áreas do cérebro não desenvolvidas por outras linguagens.

Tenho um filho pequeno que quer tocar piano. Ele já pode estudar sozinho?

As crianças pequenas devem passar por uma iniciação musical. Através de um variado material sonoro elas despertam para a música, exercitam o ouvido musical, o sentido rítmico, cantam e se movimentam, compartilhando momentos ricos de aprendizado com seus colegas e professor.

Minha filha tem 12 anos e nunca fez música. Como devo iniciá-la no universo musical?

Nessa idade, e sem contato prévio com o aprendizado musical, é preciso que a escola de música ofereça, de forma condensada, uma série de atividades importantes ligadas ao seu desenvolvimento musical, preparando-a para iniciar o estudo do instrumento. A participação em um grupo coral também pode ser uma ferramenta valiosa.

Não entendo muito de música... Como posso avaliar o professor de música do meu filho?

A alegria e o comprometimento da criança com suas aulas de música são indicativos importantes de que um processo positivo está acontecendo. Chegar a esse professor através de uma indicação qualificada é outro ponto a ser levado em conta. Mas, sobretudo, somente com o envolvimento direto dos pais em todo o processo de educação musical (acompanhando os estudos, participando de aulas públicas, incentivando a prática e audição musicais em casa) é possível avaliar o progresso do filho e, consequentemente, o papel do professor nesse processo.

Como posso saber se uma escola de música é eficiente?

A escola possui uma metodologia? Oferece um espaço físico harmonioso, com instrumentos diversos? Ela dialoga com a vida cultural da cidade, promove aulas públicas e apresentações variadas? A qualidade da equipe dos professores é uma garantia do êxito de um trabalho pedagógico eficiente, mas essas perguntas também devem ser feitas na avaliação da escola de música de seu interesse. Ou seja, existem muitos fatores a serem observados; a organização, a pedagogia, o espaço físico, os instrumentos e a interação entre alunos, professores e familiares são indicadores que não podem faltar nessa avaliação.

Minha filha quer tocar um instrumento, mas não sabe qual escolher? Como devo orientá-la?

Se a criança já frequenta aulas de iniciação musical na escola de música, certamente ela já entrou em contato com alunos e professores tocando instrumentos diversos, o que auxilia nesse processo. Participar de concertos e eventos musicais públicos também possibilita conhecer a sonoridade dos instrumentos. O importante é que a escolha parta da própria criança, vivenciando anteriormente a iniciação musical.

Como posso contribuir para a educação musical do meu filho em casa?

Em primeiro lugar, mostrando interesse pela sua prática musical. Você pode pedir para ele lhe ensinar algo que aprendeu ou para tocar uma determinada música que está estudando, da qual você gosta. Leve-o a concertos e shows musicais, frequente as aulas públicas promovidas pela escola de música e participe de suas apresentações. Viver a música perto dos filhos é importantíssimo para o seu desenvolvimento integral, quer ele esteja buscando uma carreira musical, quer ele esteja interessado na rica experiência que a música pode lhe oferecer como ser humano.

Quem é a Profa. Carmen Mettig Rocha, diretora do IEM?

Autora de vários livros de música, a Profa. Carmen Mettig Rocha é um importante nome ligado à iniciação musical infantil no Brasil. Ela é diplomada em Pedagogia pela Universidade Católica de Salvador (BA), em Piano e Licenciatura em Música pela Universidade Federal da Bahia e possui Especialização em Teoria Musical – UFBA. Participou dos cursos de Educação Musical do pedagogo Edgar Willems quando esteve no Brasil nos anos de 1963, 1971 e 1972, e recebeu do próprio Edgar Willems “Le Certificat d’ Education Musicale”. Foi professora de música na Universidade Federal da Bahia e na Faculdade de Educação da Bahia.

Introduziu o Método Willems nas classes de Licenciatura em Musica (formação de professores) nas disciplinas Iniciação Musical I, II e Prática de Ensino, na UFBA, onde também criou e coordenou o Projeto “Iniciação Musical Coral Infantil” na Escola de Música da UFBA (com 200 crianças), através da FAPEX, entre 1968 a 1991. Participou de “Reencontres Willems” por duas vezes (na França e em Portugal) como representante do método no Brasil.

Foi uma das fundadoras da APEMBA (Associação dos Professores de Educação Musical da Bahia), dos encontros anuais de Vivências Musicais e do respeitado Encontro de Corais da Bahia – uma iniciativa fundamental para a difusão do canto coral em todo o estado. Em 2009, coordenou o primeiro Congresso Willems realizado na América Latina.

É autora de diversos livros de educação musical, coral infantil, piano, solfejo e canções para iniciação musical, além de ter produzido dois CDs para movimento corporal. É diretora do Instituto de Educação Musical (IEM) e faz parte do conselho consultor do projeto Neojibá - Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia, coordenado pelo renomado maestro e pianista Ricardo Castro.

Os alunos do IEM se apresentam para o público?

Graças à qualidade do trabalho desenvolvido pelo IEM, seus alunos são constantemente convidados para apresentações públicas, tendo se destacado em concertos e gravações diversas. E seguindo a filosofia e pedagogia Willems, o IEM realiza continuamente aulas públicas e apresentações diversas, demonstrando um trabalho de qualidade comprovada. As datas comemorativas (São João, mês da criança e o Natal) são marcantes na história da escola e sempre geram novos espetáculos, com a participação de alunos e professores. Além disso, o IEM também produziu espetáculos em teatros da cidade envolvendo os alunos da escola, como parte de um projeto pedagógico quefavorece o contato dos alunos com o público.

Por que existe pouco incentivo para o estudo da música?

Na história recente da educação brasileira a Educação Musical perdeu créditos e chegou a ser suprimida dos currículos escolares, em vez de ser melhorada. Não é organizada de uma maneira integrada e sofre com a falta de estabilidade. Na Bahia não é diferente, apesar de iniciativas isoladas – e vitoriosas. Em Salvador, o IEM acredita no poder da música e trabalha há mais de duas décadas para formar gerações de pessoas com uma vivência musical capaz de potencializar qualidades em suas respectivas áreas de trabalho. Muitas delas se tornaram músicos profissionais, com atuação de destaque em diversas partes do mundo!